André Komatsu (1978) nasceu em São Paulo e atualmente vive e trabalha na cidade. Integra a geração que cresceu com a retomada da democracia no Brasil e viu o neoliberalismo ser implementado pelas políticas econômicas nos anos 1990. E é neste contexto que nasce sua obra. O artista questiona as diferentes formas de atuação do homem no mundo, a maneira como lida com o espaço urbano e com os poderes estabelecidos. “O discurso sobre o poder e sobre os conflitos sociais, mais ou menos latentes, permeia os materiais, influencia sua escolha, constitui, de certa maneira, a verdadeira matéria-prima das esculturas e instalações de André Komatsu. Em muitos dos títulos escolhidos pelo artista ecoam reminiscências foucaultianas, o que exemplifica a maneira como a teoria da microfísica do poder de Michel Foucault, para além dos títulos, está no cerne das suas preocupações e até, poder-se-ia dizer, da sua visão de mundo”, reflete o curador Jacopo Crivelli Visconti, em texto para mostra Corpo dócil, na Galeria Vermelho (2013).
De suas exposições individuais, destacam-se Estrela escura, na Galeria Vermelho, em São Paulo (2018); Ordem Casual, no Futurdome, em Milão (2018); When the sun falls down, na Cont(in)una Project/ Galleria Continua, em Pequim (2017); Construção de Valores, no Redbull Station, em São Paulo (2017); e Projeto Bolsa Pampulha, do Museu da Pampulha, em Belo Horizonte (2006). Participou de coletivas como No habrá nunca una puerta. Estás adentro, na Fundação Santander, em Madri(2019); Navalha na carne, no Paglione D’Arte Contemporanea (PAC), em Milão (2018); Troposphere, no Beijing Minsheng Art Museum, em Pequim (2017); Avenida Paulista, no Museu de Arte de São Paulo (MASP), em São Paulo (2017); Pedra no céu – Arquitetura e arte de Paulo Mendes da Rocha, no Museu Brasileiro da Escultura e Ecologia (MuBE), em São Paulo (2017); So much that it doesn’t fit here (É tanta coisa que não cabe aqui) – 56ª Bienal de Veneza, Pavilhão do Brasil, em Veneza (2015); Bienal das Américas, no Museu de Arte Contemporânea Denver (MCA), no Colorado (2015); Beyond the Supersquare, no Museu de Arte do Bronx, em Nova York (2014); Sextanisquatsi – Desorden habitable, 10ª Bienal de Monterrey, Museu de Arte Contemporânea (MARCO), Monterrey (2012); e When Lives Become Form, no Museu de Arte Contemporânea (MOT), em Tóquio (2008).
Komatsu foi contemplado com o Prêmio Indústria Nacional Marcantonio Vilaça para as Artes Plásticas (2011); Illy Art Café, na Arco, Madri (2011); Bolsa Pampulha, em Belo Horizonte (2005); entre outros, e foi finalista do Future Generation Art Prize, de Kiev, Ucrânia (2012). Participou de residências artísticas no Museu de Arte da Pampulha, em Belo Horizonte (2005), Museu de Arte do Bronx, em Nova York (2009), Matadero, em Madri (2010), dentre outras.
Suas obras integram acervos de instituições como TATE Modern, de Londres; Museu de Arte Moderna de Nova York (MOMA), de Nova York; Pinacoteca do Estado de São Paulo, São Paulo; Museu de Arte Contemporânea de Barcelona (MACBA); e Middlesbrough Institute of Modern Art (MIMA), em Middlesbrough.